sábado, 16 de abril de 2011

TESTE PROJETIVO: PAR EDUCATIVO

Gostaria da ajuda para saber o que está no desenho representado no Teste projetivo: par educativo de um jovem que desenhou somente do lado esquerdo da folha, o relato é: "Um Padre ensinando os mandamentos da lei de Deus". E o desenho contém um padre bem grande e os aprendentes sentados em banquinhos de costas para o padre. São duas fileiras de bancos, em cada banco três ou quatro aprendentes. O padre é bem representado com roupa e tudo...o que isso pode representar?


FICA DIFICIL FAZER UMA AVALIAÇÃO SEM CONHECER REALMENTE A SITUAÇÃO DO SEU PACIENTE. MAS HÁ ALGUMAS HIPÓTESES NO MEU PONTO DE VISTA: PRIMEIRAMENTE, VC PODE ESTAR DIANTE DE UMA SITUAÇÃO DE VÍNCULO NEGATIVO COM RELAÇÃO A APRENDIZAGEM OU PODEMOS VER DA SEGUINTE FORMA: A FIGURA DO PADRE GRANDE PODE INDICAR UMA SUPERVALORIZAÇÃO DESTE, QUE NEM SEMPRE É POSITIVO, POIS PODE SUGERIR PERSEGUIÇÃO. SE O TAMANHO GRANDE FOSSE DO APRENDENTE, PODERIA INDICAR NEGAÇÃO DE SUAS DIFICULDADES E ALTERAÇÕES NA APRENDIZAGEM, MAS TAMBÉM PODE CARACTERIZAR VÍNCULO POSITIVO. OBSERVE BEM O CORPO DESENHADO: SÓ CABEÇAS , GERALMENTE INDICA SUPERVALORIZAÇÃO INTELECTUAL; CORPO DO ENSINANTE INAACABADO PODE SIGNIFICAR AGRESSÃO OCULTA A QUEM ENSINA. MAS TEM QUE VER TAMBÉM SE O SEU PACIENTE TEM DIFICULDADES PARA DESENHAR. A POSIÇÃO TAMBÉM DEVE SER BEM OBSERVADA: FRENTE A FRENTE INDICA VINCULO POSITIVO COM A APRENDIZAGEM; LADO A LADO REGULA O VINCULO DE APRENDIZAGEM; OS DOIS DE COSTAS VÍNCULO NEGATIVO; QUEM ENSINA DE COSTAS PARA QUEM APRENDE HÁ O SENTIMENTO DE SENTIR-SE REJEITADO PELO ENSINANTE E, TAMBÉM , QUEM APRENDE DE COSTAS PARA QUEM ENSINA, HÁ O SENTIMENTO DE REJEITAR O ENSINANTE. VEJA TAMBÉM A DISTANCIA ENTRE ELES. GRANDE DISTÃNCIA INDICA QUE NÃO HÁ UM COMPROMISSO COM O CONTEÚDO A SER APRENDIDO; PEQUENA DISTÂNCIA INDICA QUE O CONHECIMENTO ESTÁ SENDO SUPERVALORIZADO NO MOMENTO DA TRANSMISSÃO;DISTÂNCIA ADEQUADA - O ENSINANTE É VISTO COMO ALGUEM QUE UTILIZA OS CONTEÚDOS COMO INSTRUMENTOS PARA ENSINAR A APRENDER...




ESPERO TER AJUDADO COM ESSE COMENTÁRIO.

AVALIAÇÃO PSICOPEDAGÓGICA QUALITATIVA

Não se pode fazer uma avaliação apenas baseada em instrumentos quantitativos padronizados, pois sabemos que avaliar supõe também ter habilidade e sensibilidade para poder ver abstração, reflexão, método, organização e criatividade em situações de todo dia.Assim sendo, já desenvolvi atividades debaixo de uma mangueira, na qual o paciente chupava manga e dialogávamos em busca de respostas. Foram diversas situações trabalhadas fora do consultório, como por exemplo, tive um paciente que gostava de se balançar em rede. Houve momentos que oportunizava o mesmo a se balançar porque percebi que ali ele se consentrava mais nas conversas, nas reflexões...

TRABALHANDO COM A CAIXA DE AREIA E MANDALAS

Gostaria de partilhar a experiência que tive com um adolescente e a família do mesmo. Foi incrível como a Caixa de Areia e as Mandalas proporcionaram meios para colher dados. Tive que trabalhar a família (pai, mãe , avó e o paciente de 12 anos). Não fora possível trabalhar as provas piagetianas porque o problema era muito complicado. Fazia quase um ano que JPinto não ia à escola, nem tinha uma vida social normal.`Na maioria das vezes o comportamento era regressivo, parecia que tinha apenas 3 ou 4 anos e era muito violento: quebrava tudo que estivesse ao seu alcance e batia até nos pais. Associei a música e a Caixa de Areia, noutras vezes a múscia e a mandala. Depois de 6 meses de acompanhamento conseguimos fazê-lo retornar a escola e manter um comportamento aceitável na sociedade. Muitas foram as vezes que tive que eficaz para poder chegar ao objetivo. Trabalhei pelos caminhos da Pedagogia do Amor - pois havia um problemas de comportamento, principalmente pela falta de limites que o paciente não tinha dos pais. Foi necessário trabalhar a família.

HÁ UM CRITÉRIO CLARO PARA DEFINIR A FASE QUE VAI DA PUBERDADE ATÉ A IDADE ADULTA?

Podemos considerar que a adolescência é uma fase típica do desenvolvimento do jovem da nossa sociedade. Uma sociedade evoluída tecnicamente,, isto é, industrializada, exgige um período para que o jovem adquira os conhecimentos necessários para participar dela. Em nossa sociedade o período de adolescência não é igual para todos os jovens.



Fica dificil estabelecer um critério cronológico que defina a adolescência, ou um critério de aquisição de determinadas habilidades, como ocorre com o desenvolvimento infantil.



A sociedade obriga os jovens a se tornarem adultos muito cedo, e, ao mesmo tempo, considera esse jovem adulto como adolescente. Então, não temos a adolescência como uma fase definida do desenvolvimento humano, mas como um período da vida que apresenta suas características sociais e suas implicações na personalidade e identidade do jovem. É um período de transição para a fase adulta que, na sociedade contemporãnea , prolongou-se bastante se tomarmos, como parâmetro, as sociedades primitivas.



Atualmente, inclusive, é possível falar-se numa espécie de "adultescência", que seria o prolongamento da adolescência na fase adulta.Este fenômeno, observado particularmente nos países ricos, também pode ser contatado, com menor incidência, em nosso país.



Muitos são os fatores psicológicos, sociais e econômicos que determinam esse processo nos países ricos, como a diminuição da oferta de emprego, uma certa garantia social que possibilita a alguns indivíduos viverem relativamente bem mesmo sem trabalhar; uma excessiva valorização da cultura jovem, o que leva o adulto a desejar permanecer eternamente jovem.



o jovem avalia o mundo através dos valores da sua família, mas ao confrontá-los com os valores e normas dos novos grupos que passa a frequentar, verifica que os valores familiares não são os unicos disponiveis e que, não se adaptam a funções que são agora exigidas.



o conflito social produz contradições de valores e o vandalismo pode ser uma válvula de escape para o jovem. Às vezes é dificil manter o equilíbrio entre o desejo do novo e o medo do desconhecido.

EXPERIÊNCIA COM MANDALAS - TRABALHANDO COM GRUPO DE CRINÇAS E ADOLESCENTES

Gostaria de evidenciar um trabalho que desenvolvi ao longo de oito meses num programa com crianças e adolescentes de famílias desajustadas. Eram todos encaminhados pelo Conselho Tutelar.Não tínhamos recursos, principalmente materiais didáticos.Daí, veio-me a ideia de trabalhar com Mandalas. Associei a música e a mandala.No início era muito dificil, pois eles não conseguiam se concentrar numa atividade desse porte. Trabalhamos jogos e outras brincadeiras. Gostavam de fazer artesanato, mas não tinhamos os materiais necessários. Ao apresentar a proposta, parecia que ninguém tinha gostado, pois só havia ali folhas de papel - chamequinho e pedaços de giz de cera e algumas tintas guache para ser partilhado dentre vinte pacientes. Era um desafio. Fiz um trabalho coletivo. Ali era necessário exercitar a prática da partilha, da cooperação e outros aspectos que foram brotando no grupo, afinal era apenas dois ou três potes com giz de cera. A musica era diferente da que eles ouviam... O ambiente fora se transformando juntamente com aquela prática que era feita duas vezes por semana. Fui percebendo que estavam descobrindo coisas novas. As mandalas pintadas ficavam cada vez mais coloridas... O comportamento foi mudando paulatinamente, inesperadamente, dentro de três meses, eles vinham a mim pedindo pra fazer mandalas. E foi assim, que a mandala entrou na vida dessas crianças e adolescentes que nunca tiveram oportunidades para se autoconhecerem, refletirem, expor seus sentimentos.

PSICOPEDAGOGIA - JOVENS E ADULTOS

Segundo Susana Ortiz, não é possivel propor uma enumeração de técnicas e testes apropriados a todos os adolescentes nas diversas idades. Sendo assim, ao nosso ver, a complexidade do aparato psíquico, e particularmente do processo de ensino-aprendizagem, torna-se necessário que cada situação seja avaliada em sua singularidade.




A partir desta perspectiva clínica, decidem-se estratégias a serem utilizadas em cada caso e selecionam-se os instrumentos convenientes.Nós, psicopedagogos, temos uma formação mais acentuada em diagnóstico e tratamento decrianças, sendo também maior a demanda de atenção à criança de escolaridade primária.Embora isto não implique em que os problemas de aprendizagem não surjam ou não tenham relevância nas outras etapas da vida. Cada uma dellas requer uma abordagem específica que facilite a compreensão das diferentes situações.



No trabalho com as crianças, a brincadeira e as expressões gráficas são os mediadores mais importantes para nos comunicarmos com elas.Constituem-se assim, os mais valiosos recursos, diagnósticos e terapêuticos, pois expressam quer os aspectos emocionais, quer os níveis de organização e o funcionamento das estruturas cognitivas. Porém, com os adolescentes, temos que apelar para outros meios, ou fazer algumas adaptações, facilitando a expressão dos diferentes aspectos que queremos avaliar.



O trabalho psicopedagógico com o adulto tem características muito próprias e complexas, pela sua própria natureza, visto que exige um olhar muito especial, muito próprio, por se tratar de pessoas com posições definidas sobre si mesmo, sobre a vida, sobre suas experiências de vida.É uma busca, uma procura difícil, mas muito reveladora, não só para o psicopedagogo como também para aquele que busca a sua história.






PRIMEIRO MOMENTO - CASO JC

O CASO JC, 13 ANOS DE IDADE, CHAMA MUITA ATENÇÃO. ELE NÃO OUVE QUASE NADA E POUCO PODE-SE ENTENDER DA SUA FALA, SENDO DE DIFÍCIL COMPREENSÃO.MAS NÃO TEM MUITA DIFICULDADE EM COMPREENDER O QUE FALO. ELE TEM UMA FALA PRÓPRIA.NÃO CONSEGUE DIFERENCIAR AS CORES, NEM MESMO PRONUNCIAR OS NOMES DAS MESMAS.QUANDO PEDI PARA QUE ELE MOSTRASSE (DESENHO) DO QUE ELE HAVIA APRENDIDO NA ESCOLA, RABISCOU. FEZ UMA CASA, NUVEM, ÁRVORE E SOL.DEPOIS DESENHOU UM ANIMAL E MAIS OUTRO DESENHO QUE NÃO DAVA PRA IDENTIFICAR. FALOU BASTANTE SOBRE O DESENHO, MAS POUCO PUDE ENTENDER. FIQUEI PENSANDO: COMO VOU TRABALHAR COM UM ADOLESCEENTE SE NÃO ENTENDO SUA FORMA DE FALAR?




RESOLVI NÃO FICAR PRESO A TAL SITUAÇÃO E DEIXA-LO MAIS SOLTO, MAIS A VONTADE... DEPOIS ENTREGUEI VÁRIAS VARETAS DE CORES DIVERSAS E SOLICITEI QUE AS SEPARASSE EM GRUPO CONFORME AS CORES. A TAREFA FOI REALIZADA COM SUCESSO. DESCOBRIR NAQUELE MOMENTO QUE MESMO SEM SABER O NOME DAS CORES SABIA FAZER AGRUPAMENTOS COM ELAS. ELE ADOTOU O MÉTODO DE COMPARAÇÃO E ASSOCIAÇÃO DE CORES.



A UTIMA ATIVIDADE FOI COM UM APITO. FALEI QUE CADA APITADA ELE DEVERIA FAZER UM MOVIMENTO(GESTO). ASSIM SENDO, A PROPORÇÃO QUE SE IA APITANDO, ELE LEVANTAVA UM BRAÇO, DEPOIS DOIS BRAÇOS E, ASSIM, SUCESSIVAMENTE. REALIZAMOS REPETIDAS VEZES E PERCEBI O QUANTO ELE GOSTOU. TRABALHEI A ATENÇÃO, AUDIÇÃO, PERCEPÇÃO E NUMA "SIMPLES BRINCADEIRA" COMECEI UM TRABALHO QUE ESTÁ SENDO UM GRANDE DESAFIO PARA MIM.