quarta-feira, 20 de abril de 2011

VIVÊNCIA CIDADÃ - ESSE É O CAMINHO PARA A TRANSFORMAÇÃO DO SER QUE SE DIZ HUMANO

A cidadania não se limita a uma palavra, uma idéia, um discurso, nem está fora da vida da pessoa. Ela começa na relação do homem consigo mesmo para, a partir daí, expandir-se até o outro, ampliando-se para o contexto social no qual o homem e a mulher estão inseridos. É uma nova forma de ver, ordenar e construir o mundo, tendo como princípios básicos os direitos humanos, a responsabilidade pessoal e o compromisso social na realização do destino coletivo.

A experiência da vivência cidadã nos mostra que é necessário um trabalho de reconhecimento e valorização dos direitos e deveres do cidadão, para que eles sejam respeitados e cumpridos, já que o seu exercício não ocorre de forma automática.

Assim, um dos propósitos de PROJETAR A VIVÊNCIA CIDADàé oportunizar e estimular a reflexão e o debate sobre a questão dos direitos humanos, permitindo a construção de uma nova ética e um novo tipo de convivência social. Com este objetivo serão trabalhados instrumentos que embasam o exercício da cidadania, como a Declaração Universal dos Direitos Humanos e no ECA - Estatuto da Criança e do Adolescente.

Dentre os diferentes temas relacionados a essa questão, destaca-se a violência, que aparece não apenas sob forma de agressão física, mas, também, como privação de direitos, desqualificação social, transformação do indivíduo em objeto, ignorância, miséria e desemprego.

A cidadania, no trabalho com o grupo, se constrói pelo reconhecimento e respeito às diferenças individuais, pelo combate aos preconceitos, às discriminações (econômica, política, sexual, cultural etc.) e aos privilégios, pela participação no processo grupal, pela ampliação da consciência em relação aos direitos e deveres e pela confiança no potencial de transformação de cada um.

A cidadania não é um discurso, precisa ser vivenciada para ser incorporada pelo grupo, incluindo todos nesse processo de transformação social. A cidadania é construída no exercício das pequenas coisas do cotidiano, abrangendo não apenas os direitos,mas, também, os deveres, gerando compromisso, responsabilidade e participação.

É importante estimular o protagonismo juvenil como exercício da cidadania, envolvendo o adolescente na discussão e resolução de problemas concretos do seu cotidiano, assim como nas questões de interesse coletivo, incentivando sua participação em associações (ecológicas, culturais, estudantis etc.) e em movimentos sociais mais amplos.

Sem esse espaço de descoberta e experimentação social, a transição do adolescente para o mundo adulto se faz sem práticas e vivências fundamentais para o desenvolvimento da sua consciência ética e do seu compromisso cidadão.

Ser cidadão significa estar na vida e no mundo, sentindo-se parte integrante do gênero humano, peça singular do quebra-cabeça da história, participante ativo do esforço de mudança da sua realidade social, deixando por onde passa sua marca. É mais que sobreviver, é mais que viver com prazer, é gozar da existência.

É com essa visão que as instituições educativas deveriam atuar e fazer a diferença, mostrando o caminho do sucesso, abrindo novos horizontes, mostrando que todos nascemos para brilhar.

QUAL A DIFERENÇA ENTRE EFICIÊNCIA E EFICÁCIA?



O QUE É MAIS IMPORTANTE PARA O PSICOPEDAGOGO – SER EFICIENTE OU SER EFICAZ?

O ponto de convergência das duas está em uma vez escolhido o caminho ou tomada a decisão (Eficácia), executar de forma produtiva, em tempos adequados, nas quantidades certas e no tempo previsto é Eficiência.

Para o estudioso Peter Drucker, “a eficiência consiste em fazer certo as coisas e a eficácia em fazer as coisas certas.” Para ser eficiente, o profissional deseja estar sempre agregado à eficácia de suas ações.

A eficiência significa realizar um trabalho correto, sem muitos erros, por outro lado a eficácia consiste em realizar um trabalho que atinja totalmente o resultado, concluindo o que se propôs a fazer com um bom almejo do resultado. Em um mundo globalizado, torna-se mais inserido e preparado dentro do mercado, o profissional que consegue distinguir o significado destas duas palavras e sabem aproveitá-las e ou utilizá-las quando convier.

Um Profissional, no decorrer de suas atividades, deve alcançar ao mesmo tempo a eficiência e a eficácia. Primeiro seu trabalho precisa alcançar o que se espera, os objetivos almejados, e esse trabalho não deve conter erros demasiados, deve estar o mais correto possível.

Sempre que somos eficazes somos eficientes, porém o inverso não é verdadeiro. Enquanto a eficiência está ligada ao resultado, ao produto, ao objetivo final a eficácia vai além. Está vinculada ao método ao como foi feito e não apenas se foi feito. A verdade é que vemos hoje em dia muitos profissionais e empresas eficientes, mas poucos eficazes. Na maioria das vezes cumprimos o que temos de fazer, porém de uma forma que exige mais recursos, tempo e energia. O que podemos fazer então? Primeiro estar aberto à mudança. Questionar como temos feito as coisas, nossos métodos e estratégias. Precisamos não nos acomodar ao que sempre deu certo. Acredite que mesmo que sempre tenha sido feito de um modo é bem provável que possa ser melhorado. Segundo ponto: invista tempo estudando e planejando suas ações. Você verá o quanto economizará depois. A eficácia exige planejamento, organização. Parar para planejar irá lhe permitir ir muito mais rápido depois, ou pelo menos evitar perdas de tempo maiores e retrabalho. Paulo Sandroni, em 1996, resume bem essa idéia: “Fazer a coisa certa de forma certa é a melhor definição de trabalho eficiente e eficaz”. Por isso, é necessário que o psicopedagogo conheça profundamente os melhores métodos de atuação, as atuais condições de intervenções, do que os pacientes estão precisando, enfim, aquilo que é essencial para que se produza com eficiência e eficácia. Como psicopedagogos, estamos inseridos em diversos sistemas – a própria equipe, a escola e as diferentes administrações das quais possamos depender) e termos relações com outros: divisões da escola, diversos serviços municipais e autônomos, centros de saúde mental e de reeducação, associações de pais de alunos, etc. Depreende-se a grande complexidade do campo de intervenção; complexidade que, além do mais, é necessário aceitar, considerar e ser capaz de analisar para que contribua com uma visão mais ampla e global das diferentes situações nas quais precisamos atuar. Sendo assim, faz necessário que o psicopedagogo seja eficiente e eficaz na sua atuação, pois a finalidade básica do nosso trabalho consiste em ajudar a promover mudanças, tanto quando intervimos diante de problemas que a escola nos coloca (individuais, de grupo ou metodológica), como também quando colaboramos para melhorar as condições, os recursos e o ensino, realizando a tarefa preventiva que leve a uma diminuição dos problemas que enfrentamos, tanto a escola como nós mesmos.



Referências:

DRUCKER, Peter. The effective executive. HarperCollins Publishers, 1993.

BRENDER, Arthur. A diferença entre eficiência e eficácia.

BIBLIOGRAFIA: - MEGGINSON, Leon C.; MOSLEY, Donald C. & PIETRI, Paul H. Administração: Conceitos e Aplicações, São Paulo, Harbra, 1998. - SONDRINI, Paulo Dicionário de Administração e Finanças, São Paulo, Best Sellers, 1996