domingo, 26 de julho de 2009

O PAPEL DA EDUCAÇÃO NA TRANSFORMAÇÃO SOCIAL


A aguda desigualdade social brasileira é um fenômeno histórico e perceptível em qualquer levantamento estatístico elaborado por organismos nacionais ou internacionais. A maior causa dessa desigualdade é a concentração de renda na mão de poucos, que gera a condição precária da população desfavorecida, privando-a das condições mínimas de saúde, educação e dos serviços básicos. Os problemas causados pela desigualdade social, tais como a miséria, a fome, o estresse causado pelo desemprego, a falta de condições dignas de sobrevivência, a falta de acesso a bens como saúde e educação têm sido frequentemente relacionados à violência. Como não poderia deixar de acontecer, o crescimento da violência urbana é acompanhado de um significativo aumento de manifestações violentas no interior da escola. Estando a violência presente na rua, nas relações de trabalho, na mídia, inclusive nos programas infantis, não seria de se esperar que ela estivesse ausente do espaço escolar.

As políticas públicas voltadas ao enfrentamento direto da desigualdade e à erradicação da pobreza terão que ser repensadas, modeladas e executadas com prioridade. Necessitam ser sustentáveis, não apenas do ponto de vista econômico-financeiro, mas também do político e do institucional. É preciso redirecionar o gasto público social em favor dos mais pobres.

A escola representa um espaço privilegiado de socialização e, dependendo dos comportamentos promovidos, essa socialização pode ser constituida com base em relações defensivas ou propositivas. Principalmente na infância, começo da interação criança-sociedade, a Escola tem um papel muito importante. É na promoção de mecanismos propositivos, como diálogo e participação, que as relações sociais deverão estar apoiadas para o desenvolvimento psicossocial e humano das crianças.

A potencialidade da escola como instrumento democratizador, socializador e impulsionador da melhoria das condições de vida é amplamente reconhecida. A escola é, em muitos sentidos, a porta privilegiada para a cidadania e para a construção e transformação social. E para que haja essas condições sociais, necessário se torna profundas mudanças nos meios sociais mais importantes para o desenvolvimento da criança: na família, com maior apoio familiar; na sociedade , com a participação ativa da população e com o interesse do governo em resolver os problemas sociais; e na própria escola, buscando modificar o ambiente e interagir mais com os alunos. Claro que essas mudanças não serão de fácil alcance, mas podemos tomar atitudes mais acessíveis, começando por resgatar os valores morais e as atitudes éticas, tão esquecidos atualmente. O diálogo, o respeito, o companheirismo e a comunicação verdadeira são essenciais para o desenvolvimento, assim como o limite e a disciplina.




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